A cientologia é um sistema de
crenças fundado em 1952 pelo
autor de ficção cientifica L. Ron
Hubbard (1911-1986), nascido em Tilden, Nebraska). A
cientologia foi oficializada em 1954. Esta religião baseia-se nos livros de
Hubbard Dianética:
A Moderna Ciência da Saúde (1950), Dianética: A Evolução da
Ciência e Ciência da Sobrevivência. Hubbard considerava a
Dianética como uma subdisciplina da Cientologia. Até morrer, em 1986, Hubbard
publicou centenas de livros sobre cientologia e apenas alguns sobre Dianética.
A doutrina tem influências de outras religiões, como o hinduísmo e
o budismo, e
de ciências humanas, como a psicologia.
Descrição
Mito
da Criação
Segundo
a Cientologia há 75 milhões de anos; vários planetas se reuniram numa
"confederação das galáxias", governada por um líder maléfico
chamado Xenu. Como os planetas
estavam com problemas de superpopulação, Xenu mandou bilhões de seus habitantes
para Terra, em espaçonaves parecidas com os Douglas DC-8, onde foram
jogados dentro de vulcões (razão pela qual o livro dianética possui um vulcão
na capa) e mortos com bombas de hidrogênio. Seus espíritos que foram
recapturados e reunidos em cachos (como uvas, ou talvez bananas) - chamados de
"thetans" (em português, "tetões") - são os seres humanos.[1]
Dogmas
Os dogmas centrais da seita são baseados na
crença de que uma pessoa é um ser espiritual imortal (referido como
"thetan" ou "tetão"), dotado de mente e corpo, ambos basicamente bons, que buscam a
sobrevivência. A Cientologia assegura que a sobrevivência do homem depende de
si mesmo, de outras pessoas e da sua interação com a comunidade cósmica. Uma pessoa tem as suas
limitações autodidatas,
e seus atos nocivos podem ser atribuídos em parte a uma porção inconsciente da
sua mente, chamada "mente reativa" ou "barreira". Esta
porção da mente, acredita-se, é utilizada para guardar eventos passados
guardados no inconsciente, traumas físicos
e emocionais, os quais podem ser reativados por ocasião de estresses. A porção
consciente da mente humana é referida como "mente analítica".
A
prática principal da cientologia e da dianética é uma
atividade conhecida como "audição" ou "auditoria" (do
inglês auditing), que procura levar um adepto a um estado de
clareza, numa libertação das influências da mente reativa. A prática é
executada por um conselheiro chamado "ouvidor", que dirige uma série
de perguntas ao interessado para entender e gravar as suas responsabilidades e
conhecimentos adquiridos. O objetivo é capacitar o
interessado a restabelecer o controle volitivo e de percepção do material
previamente guardados na sua mente reativa.
A
forma inicial do processo dianético, ainda praticado hoje, envolve um cenário
reminiscente da psicanálise freudiana,
com o analisado deitado, recostado num sofá e num estado reflectivo chamado
"devaneio dianético" enquanto o analista, sentado próximo
numa cadeira toma notas, propondo perguntas e respostas sobre as declarações do
analisado e um número "indicativo" fisiológico.
Algumas
formas avançadas de auditoria empregam um dispositivo chamado eletropsicômetro de Hubbard
("E-Meter"). Esse dispositivo mede as trocas na resistência elétrica
da pele do analisado, fazendo passar 1/2 volt através de um par de tubos, de
chapa de zinco, cheios de uma solução química, apoiados na pele para medir as
ondas e gravá-las, enquanto se ouve o analisado. Estas trocas pequenas na
resistência elétrica, conhecida como resposta galvânica, são similares àquelas obtidas
pelo polígrafo.
Máquinas análogas são aceites por adeptos da igreja por serem mais seguras e
sensíveis ao estado mental do analisado do que o fisiológico "Indica"
da recente dianética.
Estas
práticas da Cientologia são custosas, podendo variar de US$ 750,00 a US$
8.000,00.[1]
Outras
atividades das igrejas da cientologia são cultos aos domingos, aulas
formais, batismos, casamentos e
cerimônias religiosas. Também procuram e visitam um número básico de
comunidades para atividades caritativas, como fornecimento de comida, combate
ao uso de drogas e ao analfabetismo.
Relação
com outras religiões
A
Cientologia alega que desde o início teve as suas crenças e práticas
compatíveis com outras religiões.
Alega também gozar de boas relações e reconhecimento com oscristãos, budistas e outras, por
décadas, antes de ser formalmente reconhecida e isenta de taxas como
organização religiosa e de caridade pelo governo dos EUA, em 1993, após uma longa batalha legal.
Supostamente foi reconhecida, em 1994, pelo conselho dos budistas xinto (Yu-itsu-shinto)
com sede no Japão, não só estendendo o
reconhecimento oficial da cientologia, mas tomando a si a tarefa de treinar
inúmeros monges nas crenças e
práticas adjuntas às meditações e orações. No
entanto esta afirmação (como muitas das anteriores) tem credibilidade duvidosa
e não foi confirmada até o momento por fontes externas à cientologia. Seria
supostamente uma ocorrência da tradição de algumas religiões orientais de assimilação
ou adoção de elementos de outras crenças que se não contradigam diretamente com
os seus princípios. Alega-se que isto ocorreria devido à reflexão do fato de
Hubbard reconhecer a força oriental e especificamente a influencia Budista na
formação da sua própria filosofia.
Escândalos
e Polémicas
Críticos
da cientologia apontam para a falta de base científica para o E-meter e outras
práticas. Em resposta contraditória, a igreja clama que a cientologia é
uma religião e nãociência não dando
suporte a pesquisas científicas e diz que da mesma forma que o polígrafo usa
a condutividade
elétrica da pele para indicar se estão sendo agradáveis as
questões e respostas, pode ser um instrumento que mede respostas galvânicas.
Também nos serviços gratuitos aos domingos, em leituras e semelhantes, membros
são convidados para dar aulas, exercícios, sessões de conselhos, média de doações fixas sem
obrigações, em alguns casos de milhares de dólares. Geralmente as altas
expectativas de doações são para as mais avançadas atividades de iniciação.
Críticos dizem que é impróprio fixar doações para serviços religiosos e
portanto a atividade não é religiosa. A igreja diz que quase todas as classes de
exercícios e aconselhamentos podem também ser comercializados de forma
agradável ou executados cooperativamente por estudantes, sem custos, e que os
membros mais devotados de uma ordem eclesiástica necessitam de donativos, não
para serviços e sim de fato para suporte de toda a igreja. Outras práticas tais
como dispensar a fixação de donativos pela Igreja católica ou fixação de
dízimos com outras denominações são levantadas como evidência de uma antiquada
tradição religiosa de fixar donativos. Em muitos países, como a Alemanha estes donativos
tornaram-se obrigatórios por ação do governo, como um imposto.
Críticos
frequentemente atacam a organização chamada de "Igreja da
Cientologia", acusando-a de "lavagem cerebral" e
outras táticas para influenciar membros para doar grandes quantidades de
dinheiro em cultos práticos padronizados. Membros negam que este seja o caso e
inúmeros líderes da comunidade psicológica publicaram trabalhos defendendo
fortemente a validade da "lavagem cerebral" afirmado pelos relatos
chamando-os de "cultos".
Enquanto
os rumores de que Hubbard apostara com Robert
A. Heinlein que ele iria criar uma religião seja certamente
falso, [carece de fontes] outros
reivindicam que tinham conhecimento que durante 1949 Hubbard passou para outras
pessoas as intruções que iniciariam um bom caminho para ganhar dinheiro.
Escritor e editor Lloid Arthur Eshbach, por exemplo, refere-se a Hubbard
dizendo "Vou criar uma religião. É o que dá dinheiro". O
escritor Theodore
Sturgeon refere que Hubbard fez similar afirmação na Sociedade
de Ciência da Fantasia de Los Angeles. A Igreja de Cientologia negava estas
declarações e suplicara ao editor para negá-las. Membros diziam que a verdade
ou a falsidade de tais alegações eram irrelevantes e asseguravam que na igreja
encontrariam suas necessidades espirituais.
Do
ponto de vista da censura dizia-se que a Igreja oficial procurava um seguidor
ou outro para romper o contato com a família e amigos que tinham antagonismo
pela sua religião (um hábito comum a muitas seitas). Em resposta a Igreja
expulsava os que eram usados para policiar, chamando este ato de desconexão,
tendo como alvo assegurar a pazespiritual
dos seguidores em face das pessoas que os criticavam por sua filiação. A
prática atual corrente da igreja aponta para isto; que se requeira aos membros
que tiverem significantes confusões originadas em suas famílias e com amigos
para cessar a sua participação nos serviços da igreja e não os retome até as
suas diferenças com eles terminem e que fiquem só no passado.
Críticos
igualmente reclamam terem percebido os segredos sobre os ensinamentos da
Cientologia, afirmando que a igreja reconhece os mais sutis graus de iniciação
mostrando que há ensinamentos talvez entendidos como místicos, e que servem
somente para os mais esclarecidos e serenos espíritos. Por outro lado os
crentes são convidados a comprar ou adquirir nas livrarias mais de 300
diferentes livros que versam sobre os ensinamentos e as práticas da igreja
salvo os considerados secretos. No caso da Igreja da Cientologia vs.
Fishman e Geertz o autor cientologista Steven Fishman descreve em sua
defesa algumas destas propostas secretas com documentos da "Operação
Thetan" atribuídos a Hubbard que descreve a crença em inteligência extraterrestre e um ser
supremo intergaláctico demoníaco que oprime os espíritos livres, tal como nas
táticas de ficção científica. A igreja investiu contra o caso Fishman e pediu à
justiça para proibir a exibição dos documentos. A igreja também usa a lei
do copyright para evitar que outras pessoa publiquem partes
deste e de outros documentos.
O
próprio fundador instituiu a prática de "fair game" como forma de
utilizar o sistema judicial como ferramenta para assediar os seus detratores
públicos forçando-os a longos, penosos e onerosos processos judiciais e apesar
de continuadamente negado, vários cientologistas tem história de uso de força
bruta contra seus críticos (tais organizações são chamadas de supressoras de
pessoas). Elas tem usado processos judiciais contra pessoas, jornais, revistas,
estúdios de televisão, serviços de provedores de internet, agencias
governamentais e outras. Possuem uma quantidade recorde de testemunhos, por
exemplo, um documento policial emitido em 1967 contra uma organização de jogos
(se bem que tenha sido revogado posteriormente) o qual é lançado contra seus
críticos e diz: "Devem ser enganados, processados, fraudados ou
destruídos." A Igreja é uma das poucas organizações convictas de uso da
fraude e do pleno uso frívolo dos processos judiciais com o fim de causar
perturbação. A Fundação Fronteira Eletrônica mantém
em[2]documentos que
relatam todos os esforços dispendidos pela igreja para interferir online com
seus críticos. A organização explica que esta é a única forma que a igreja tem
para sobreviver num ambiente tão hostil. Em épocas recentes, por exemplo,
os Mórmons pegaram em armas
e organizaram milícias para se defender dos que eram hostis a sua fé. A
cientologia, vem demonstrando que prefere os meios cíveis em lugar das armas.
Alguns
inimigos jurados da cientologia acusam a organização de manter uma operação
"pasta negra" contra seus oponentes. Certamente gostariam de ver a
igreja não sair em socorro de si própria, como ocorreu em 1970, quando um
agente da igreja foi apanhado furtando documentos da cientologia nos arquivos
da inteligência IRS. Depois deste episódio, ministros da igreja de Los Angeles, Califórnia e Washington
D.C. foram descobertos e denunciados antes que acontecesse uma invasão de
agentes do FBI. Onze componentes da
equipe, alguns de alto posto se declararam culpados ou foram condenados pela
alta corte baseadas nas evidencias colhidas pelo FBI e receberam sentenças de 2
a 6 anos (algumas suspensas). Há desacordo nas altas esferas da igreja devido
as ações secretas para divertimento. Sabe-se que o ramo dos "brincalhões"
"subiu nos sapatos" para o evento, "tirando os intestinos"
da equipe e dúzias de pessoas foram expulsas ou sujeitas a pequenas sanções. A
Igreja afirma que uma vez reorganizada, não irá permitir a formação de ramos
com similar autonomia como os primeiros "brincalhões."
Cientologistas
têm sido acusados por muitos anos de se manter lidando em seu ambiente de uma
forma paranóide, reclamando de conspiração do governo, estabelecimentos médicos
e psiquiátricos contra sua sobrevivência. Em 1993, ao mesmo tempo que havia o
reconhecimento oficial da cientologia como Igreja, o Serviço da Receita Federal dos Estados
Unidos fazia circular pela imprensa e governos estrangeiros
documentos com literatura explicativa. Reconhecem que uma violação da sua
autoridade foi mais ou menos coordenada numa campanha que remonta próximo de
1993 e o IRS, FBI e agências governamentais haviam apresentado uma grande
quantidade de informações sobre a cientologia, para agências de inteligência
estrangeiras.
Críticos
reclamam que o acordo para o reconhecimento da igreja e a objeção contra ela
havia sido exortada pelo IRS, que nega sem rodeios esta acusação.
Em
alguns países, especialmente na Europa, governos e ou côrtes concordam com os
críticos acerca dos efeitos negativos da cientologia. Em muito poucos casos a
organização é banida; mas frequentemente é uma obstrução de pouco alcance, tais
como o não reconhecimento como organização religiosa ou graus de dificuldades
para a cientologia receber observadores em sua reuniões.
Exemplos
de casos:
Na
Grécia:
·
A Justiça ordenou
a dissolução da secção grega de Scientology situada na Grécia e que tem o nome
de "Kephe". A decisão foi tomada depois de um processo que terminou
em 7 outubro de 2006.
Na Alemanha:
·
Em 1995, a Corte
Federal do Trabalho (Bundesarbeitsgericht) determinou que a Cientologia
"não é uma religião nem uma ideologia.".[3]
Em França:
·
Em 2009, a Igreja
da Cientologia em França foi condenada pelo crime organizado de fraude, mas a
decisão não impediu a Igreja de exercer a sua actividade no país, desde que
essas não envolvessem a prática de ilegalidades.[4][5]
·
Em 2012, um
tribunal francês condenou a Igreja da Cientologia por prática de fraude. Foi
aplicada uma multa de 600 mil euros e quatro dos seus dirigentes foram
condenados a penas suspensas de 2 anos.[6][7]
Nos
Estados Unidos:
·
Em Outubro de
2009, o cineasta Paul Haggies abandonou a Cientologia depois de a religião ter
proibido a união entre homossexuais.[8]
·
Em 2011 foi
anunciado que o FBI está a investigar a Cientologia por suspeitas de tráfico
humano e trabalhos forçados.[9]
·
RESUMO:
FUNDADOR:
Lafaregefte Ronald
Hubbard (1911-1986). Fundada em 1954, na Califórnia, EUA. Atualmente a sede
está localizada em Los
Angeles,
Califórnia.
ESCRITURAS:
Dianética,
Scientology, The Fundamentals of Thought Cerimonies of the Founding Church of
Scientology e outros livros
escritos pelo
fundador.
DEUS:
Deus não é um ser
supremo. Não admite que Deus seja Pessoal.
JESUS:
Jesus é raramente
mencionado. Jesus não foi o Criador, nem tampouco ressuscitou. Jesus não morreu
por nossos
pecados.
ESPÍRITO SANTO:
Espírito Santo não
é mencionado.
SALVAÇÃO:
Não há pecado e
nem necessidade de arrependimento. A salvação é ficar livre.
MORTE:
O Inferno é um
mito.
OUTRAS
CARACTERÍSTICAS:
Os membros
observam o dia do nascimento do sr Hubbard.
Cientologistas
famosos
Referências
1.
↑ a b Super
Interessante. Os maiores mistérios dos Livros Sagrados. Edição 254-A. Julho
2008. Editora Abril, pág: 62
10.
↑ a b Filho de John Travolta deve ter funeral
cientologista. Página visitada em 05 de janeiro de 2009.
11.
↑ Taraborrelli, J. Randy. Michael Jackson: a magia e
a loucura (em Português). São Paulo: Globo, 2005. 670 p. ISBN 85-250-4041-X
·
Super
Interessante. Os maiores mistérios dos Livros Sagrados. Edição 254-A. Julho
2008. Editora Abril, pág: 62
Ligações
externas
Páginas
oficiais
·
[3]
Refutações à Cientologia
Nenhum comentário:
Postar um comentário