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No Alvorecer de Uma Nova Heresia: Ecoteologia


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“Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos, e mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, bem como de aves, quadrúpedes e répteis. [...] Mudaram a verdade de Deus em mentira, e honraram e SERVIRAM A CRIATURA em lugar do Criador.” (Romanos 1:22-25).
A palavra Ecologia tem origem no grego “oikos”, que significa casa, e “logos”, estudo. Logo, por extensão seria o estudo da casa, ou de forma mais genérica, do lugar onde se vive. Foi o cientista alemão Ernst Haeckel, em 1869, quem primeiro usou este termo para designar a parte da Biologia que estuda as relações entre os seres vivos e o ambiente em que vivem.
Em 1906 a anarquista Emma Goldman criou a revista Mother Earth (Mãe Terra), uma das primeiras revistas ecologistas.
A alegação de que cristianismo ensina cuidados com o meio ambiente tem sido contestada, tanto dentro como  fora da igreja. Desde 1967 Lynn White Jr(famoso professor de história medieval nas universidades de Princeton e Stanford) alega que a “tradição judaico-cristã” foi a causa da “nossa crise ecológica” . As raízes históricas da Nossa “Crise Ecológica”, tem sido reimpressos em vários livros didáticos e inúmeros outros tratados, e o que os estudantes estão aprendendo é que os cristãos são a fonte do problema.
O que pensa o movimento ecológico?
- A personificação da Terra é conhecida como teoria de Gaia. Gaia é a deusa da Terra na mitologia grega e romana – a “Mãe Terra!”
- Os esotéricos ensinam que “Gaia”, a deusa Terra, somos nós e nós somos ela. Acreditam que todos são um, pois todos surgiram supostamente de uma única célula (monogênese).
- discurso que se tornou símbolo de campanhas ecológicas, atribuído ao chefe índio Seattle em 1854, endereçado a um representante do governo dos Estados Unidos da América: “Tudo o que acontecer à Terra acontecerá aos filhos da Terra. Se os homens cospem no solo, estão cuspindo em si mesmos”.
O movimento esotérico em prol do meio ambiente acredita que a humanidade é produto de forças evolucionais inerentes ao próprio universo. Baseados nessa teoria deveríamos nos re-sintonizar com a natureza
Em 1985, o primeiro encontro do “Fórum Global dos Líderes Espirituais e Parlamentares para a Sobrevivência Humana” reuniu líderes espirituais e políticos de cinco continentes e das cinco maiores religiões mundiais, para planejar a salvação ecológica e a paz mundial. Eles declararam conjuntamente: “Estamos entrando em uma era de cidadania global e de uma nova consciência, que transcendem todas as barreiras de raça e religião… garantindo o bem-estar e a paz.
O Fórum Global” em 1988 em Oxford, líderes religiosos e políticos de 52 países (acompanhados dessa vez por cientistas de destaque), reuniram-se para “unir todas as religiões com todas as orientações políticas”. Em uma “Declaração Final” conjunta, os participantes da conferência afirmaram: “Fomos levados a nos reunir por uma preocupação conjunta pela sobrevivência global, entendendo a unidade essencial da humanidade…”
O “Fórum Global” de 1990 reuniu mais de 1.000 participantes de 83 países. Realizado em Moscou, ele foi co-patrocinado pelo primeiro Parlamento Soviético livremente eleito, por todas as entidades religiosas soviéticas, pela Academia de Ciências da URSS e pela “Fundação pela Sobrevivência e o Progresso da Humanidade”. Em seu discurso no plenário, o então senador americano Al Gore (depois vice-presidente), um batista do Sul dos EUA, cujos escritos refletem sua crença na deusa-mãe Gaia, declarou que os problemas ecológicos somente poderão ser solucionados através de uma “nova espiritualidade” comum a todas as religiões (a “nova” espiritualidade ecumênica de Gore é paganismo revivido). A “Declaração de Moscou”, assinada pelos participantes, pedia a instituição de “um conselho global de líderes espirituais” e a “criação de uma oração inter-religiosa(ecumênica)… uma nova comunhão com a natureza…”
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Essa crescente espiritualidade pagã, com sua adoração à criação ao invés do Criador, é ideal para unir a Ciência com todas as religiões não-cristãs. Por exemplo, as conferências do “Instituto Isthmus”, com sede em Dallas, atraem cientistas de destaque e líderes religiosos para discutir “Ciência e Espiritualidade”. Normalmente realizadas no campus da Universidade do Texas, as conferências típicas incluem discussões sobre os aspectos “espirituais” da ecologia e Gaia. Sua noção de “espiritual” é claramente pagã/panteísta e não bíblica.
O ateu Carl Sagan(cientista americano) já falecido, adorador do cosmo, disse no “Fórum Global” de Moscou que a Terra deveria ser considerada “sagrada” para que houvesse um encorajamento a tratá-la com “cuidado e respeito”  não porque Deus a fez, mas porque ela (Gaia) nos fez. Sagan, que rejeitava o Deus bíblico, dizia que deveríamos “venerar o Sol e as estrelas”. Esse neopanteísmo científico é chamado de Ecoteologia. Outro dos seus defensores, o professor Victor Ferkiss, diz que a premissa básica é: “O Universo é Deus”.
Em 1991, a entidade “Evangélicos pela Ação Social” (cujo diretor executivo é Ron Sider) ajudou a organizar um encontro de cientistas e líderes religiosos para discutir a salvação do meio ambiente. Entre os participantes evangélicos entusiasmados em se juntar a um movimento pagão estavam o presidente da “Visão Mundial” e o presidente do “Seminário Teológico Asbury”. Em maio de 1992, líderes evangélicos voltaram a participar de uma coalizão de Ciência e religião promovida pelo “Apelo Conjunto da Religião e Ciência pelo Meio Ambiente”.
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Fundado em 1993 pelo vice-presidente Al Gore, a “Aliança Nacional Religiosa pelo Meio Ambiente”, que também tem sede na Catedral de São João, o Divino, distribuiu dezenas de milhares de pacotes contendo orações, idéias para sermões e lições de escola dominical de orientação ecológica a congregações católicas, protestantes, judaicas e evangélicas por todos os EUA. Seu diretor está convicto de que a crise ecológica vai transformar “o que significará ser religioso no século 21″. Além da “Visão Mundial”, outras organizações evangélicas envolvidas são a “Inter-Varsity” e a “Associação Nacional de Evangélicos dos EUA”.
Cristianismo Verde como Movimento existe, e já atraiu a atenção da liderança cristã que sempre está em busca de modismos para agitar uma igreja entediada, e seguem sempre, com algum atraso, as modas da cultura secular. É por isso que preservar o meio ambiente está na crista da onda gospel.
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Bíblia Ecológica
“Ecologia e Cristianismo”
“Cristianismo Racional e Evolutivo”
“A Contribuição do Cristianismo para a Ecologia”
Dave Hunt é um dos mais respeitáveis apologistas cristãos da atualidade e um estudioso sobre ocultismo. No livro “Occult Invasion”, Hunt nos adverte: “Um dos caminhos mais aceitáveis e seguros que leva ao oculto nos dias atuais é o movimento de volta para a natureza em nome da preservação ecológica do nosso planeta. A Terra tem sofrido muitos danos nocivos em conseqüência do descuido e avareza da humanidade. Enquanto as nações industrializadas têm de levar sua cota de culpa, algumas das piores poluições e destruições têm ocorrido em terras comunistas como também em países em desenvolvimento no Terceiro Mundo. Além disso, poluição (tais como aquelas causadas por erupções vulcânicas) e destruições (tais como: pragas das plantas e insetos, incêndios de florestas causadas por raios ou pragas) são partes integrantes da própria natureza. No entanto, a ilusão popular de que qualquer coisa ‘natural’ tem de ser benéfica, tem ganho aceitação imutável. Parece que foi ignorado que nada é mais natural do que doença, sofrimento, morte e desastres naturais (furacões, terremotos, secas, enchentes, apenas para citar alguns). De fato, é contra estas destruições regularmente criadas pela natureza que a humanidade tem desesperadamente lutado para se proteger e fazendo isso tem chegado até o presente nível de civilização. Parece mais do que irônico que após os homens terem lutado por séculos contra as forças da natureza, algumas vezes mortais e freqüentemente antagônicas, haveria agora um movimento crescente e popular conclamando uma parceria com estas mesmas forças.”
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Os apologistas cristãos Russ Wise e Tal Brooke, em um artigo intitulado Culto à Deusa, afirmam:  A Intelectual exotérica Starhawk, que auto-denomina-se como bruxa,  relatou no seu livro A Dança Espiral: “O modelo de Deusa, que está imanente na natureza, nutre respeito pela santidade de todas as coisas vivas. Sem dúvida, ela é Gaia, a Deusa da Terra. Em decorrência disto, a bruxaria reivindica ser a religião da ecologia. Reivindica que seu alvo é a harmonia com a natureza para que a vida não apenas sobreviva, mas seja bem sucedida.”
Sem dúvida, o movimento naturalista em defesa do meio ambiente, dos dias atuais, está fortemente influenciado por bruxas, esotéricos e muita gente que defende crenças neopagãs. Os nova erenses prometem reintroduzir o aspecto sagrado à Terra que dizem ter sido propositadamente destruído pelo mundo cristão. Os místicos acreditam que sararão a Terra de todos os problemas que lhe foram supostamente causados pelo Deus da Bíblia e os seus seguidores. Na verdade, a Terra só é sagrada quando vista sob o prisma das religiões pagãs orientais. No cristianismo, a Terra é criação de Deus e jamais foi dada a ela um espírito e tampouco o título de divindade.
“Mas os céus e a terra que agora existem pela mesma palavra se reservam como tesouro, e se guardam para o fogo, até o dia do juízo, e da perdição dos homens ímpios”. II Cor 3:7
“Mas o dia do Senhor virá como o ladrão de noite; no qual os céus passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se desfarão, e a terra, e as obras que nela há, se queimarão”. II Cor 3:10
“Havendo, pois, de perecer todas estas coisas, que pessoas vos convém ser em santo trato, e piedade, aguardando, e apressando-vos para a vinda do dia de Deus, em que os céus, em fogo se desfarão, e os elementos, ardendo, se fundirão? Mas nós, segundo a sua promessa, aguardamos novos céus e nova terra, em que habita a justiça. Por isso, amados, aguardando estas coisas, procurai que dele sejais achados imaculados e irrepreensíveis em paz”.  II Cor 3: 11-14
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“Em nossa casa, a Bíblia, o Alcorão(a bíblia dos mulçumanos)  e o Bhagavad(a bíblia dos hindianos), Gita(escritos sagrados indus) ficavam na prateleira juntamente com os livros da mitologia grega,  norueguesa e africana. Na páscoa ou no natal minha mãe me arrastava para a igreja, assim como para templos budistas, para a celebração do Ano Novo chinês, para santuários xintoístas(religião japonesa) ou para antigos locais de rituais havaianos.”
Barack Obama
A ciência que descrevia o universo como um aglomerado de coisas separadas, relacionadas mecanicamente entre si, faliu. A vanguarda pensante da ciência tem uma visão integradora das coisas, e isto não é de agora. A ciência teve um breve sonho mecanicista materialista durante a Revolução Industrial, mas já acorda de novo para a realidade. Leonardo da Vinci, Paracelso, Francis Bacon, Isaac Newton, Thomas Edison e inúmeros outros foram cientistas e místicos ao mesmo tempo. Já no século vinte, Albert Einstein mantinha sempre em sua escrivaninha um exemplar de “A Doutrina Secreta”, de Helena Blavatsky(criadora da teosofia, união de todas as crenças esotéricas).
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“Todas as religiões, artes e ciências são galhos da mesma árvore”
Einstein Albert
No seu famoso filme e livro de 2006 “Uma verdade Inconveniente”, o ex-vice-presidente norte-americano Al Gore adota um ponto de vista em relação aos ciclos de vida do planeta terra  que foi  claramente descrito no final do século 19  pelo teosofista William Q. Judge.  (Crise Climática: “Uma Verdade Inconveniente”).
Adaptação, Roberto Aguiar
Fonte: Tony Pearce, “Light for The Last Days”, www.chamada.com.br
“Seduzidos pela Ecologia Esotérica”, João Flávio Martinez um dos fundadores do CACP
Dave Hunt, TBC 3/94 /revista Chamada da Meia-Noite, 6/1994
“The Christian and Environmental Issues”,  Calvin B. DeWitt e  Ronald Nash / Christian Research Institute
“Change We Can Believe In – Barack Obama’s Plan to Renew America’s Promise”, livro com o programa de governo e sete discursos de Obama, publicado por  Three Rivers Press, New York, 2008,  274 pp., ver pp. 265-266.
“A Visão Planetária de Barack Obama”, Carlos Cardoso Aveline

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