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O estado da Califórnia exige tarja de alerta sobre câncer nos refrigerantes


Por Steve Tarlow
Março de 2012
O estado americano da Califórnia nos provou que está um passo à frente em muitas questões, incluindo a saúde pública. O Golden State(o estado do ouro) como é chamado, pode ter feito isso de novo, proibindo o composto químico 4-metilimidazol como um cancerígeno em potencial. O corante caramelo é comumente utilizado pela indústria de refrigerante.
4 MI ou 4-MEI e o Câncer
Essa cor marrom característica encontrada em refrigerantes como Coca-Cola e Pepsi é o produto da cor caramelo, que contém níveis de 4-MI (alternativamente, 4-MEI). O Estado da Califórnia decidiu que, com base em testes com ratos de laboratório, a quantidade de 4-MI presente nos produtos de cor caramelo, deverão incluir um aviso de risco de câncer em cada lata de refrigerante vendidas no estado. [Similar a tarja preta dos cigarros].
No ano passado, o Centro de Ciência no Interesse Público- CSPI (www.cspinet.org), uma agência não governamental de pesquisa em saúde, teria requerido ao “Food and Drug Administration”, o órgão americano responsável em gerenciar o setor de alimentos e remédios americano, para banir todos os 4-metilimidazole do mercado.  Recentemente depois que amostras de 4-MI foram novamente encontrados na Coca-Cola e Pepsi, o CSPI reiterou o seu pedido ao FDA.
O contragolpe das empresas
Isso é algo que a indústria de refrigerantes não está preparada para engolir calada.
“Isso é nada mais do que táticas do CSPI, e suas afirmações são ultrajantes”, disse a Associação Americana de Bebidas em um comunicado à imprensa escrita. ”A ciência simplesmente não mostra que o 4-MEI em alimentos ou bebidas é uma ameaça para a saúde humana.”
O FDA concorda
O porta-voz do FDA Douglas Karas respondeu à petição mais recente do CSPI, com um comunicado à imprensa que reconheceu que a decisão do estado da Califórnia parece ser precipitada.
“É importante entender que o consumidor teria que consumir mais de mil latas de refrigerante por dia para atingir as doses administradas nos estudos que têm demonstrado ligações com câncer em roedores”, disse Karas em sua resposta aos críticos do uso do 4-MEI.
[Há muito tempo o FDA americano é acusado de ser comprado pelos gigantes de vários setores da industria de alimentos e remédio americanos]
A industria tem que ceder
A lei da Califórnia não é dependente da posição da indústria de bebidas ou do FDA. Como tal, a Coca-Cola já decidiu que irá cumprir os requisitos da legislação do Estado e mudar para uma cor de caramelo que usa uma quantidade muito menor de 4-MI. Se não fizer isso, a Coca-Cola seria forçado a imprimir uma etiqueta de advertência do tipo, “produto com risco de câncer”, em todas as suas latas e garrafas, o que criaria um pesadelo de relações públicas que, sem dúvida, despencaria as vendas.
Vários relatórios indicam que a Coca-Cola já começou o processo de mudar a fórmula de caramelo que usa.
“A empresa tomou a decisão de pedir aos seus fornecedores de caramelo para fazerem as modificações necessárias no processo de fabricação para atender a exigência do Estado da Califórnia”, disse o porta-voz da Coca-Cola Diana Garza Ciarlante via e-mail.
Não admitir a culpa
Ciarlante continuou no mesmo e-mail a enfatizar que para a imprensa, o xarope de caramelo em todos os produtos da Coca-Cola é seguro, citando o fato de que nenhuma agência reguladora fora da Califórnia chegou a uma conclusão semelhante sobre o 4-MI como um cancerígeno humano. [Ainda...]
Ela continua, “O fato é que o corpo da ciência, em relação ao uso do 4-MEI em alimentos ou bebidas não concordam com as alegações errôneas que o CSPI gostaria que o público acreditasse”.
“Seguro e inofensivo”
Ted Nixon, CEO da empresa DD Williamson fornecedora do “caramelado”, não hesitou em exaltar a segurança de seu produto.
“Nosso caramelo é, e sempre foi, seguro e inofensivo”, disse ele em um comunicado”.
Avisos com antecedência
Em outro artigo, a doutora Judith Valentine, PhD, CNA, CNC, em seu artigo, “O Perigo dos Refrigerantes”, informa que os alertas sobre os perigos do consumo de refrigerantes datam 1942, quando (AMA) a Associação Médica Americana para o Conselho de Alimentação e Nutrição fez a seguinte declaração: “Do ponto de vista da saúde, é desejável principalmente, ter restrição de uso do açúcar, representado pelo consumo de bebidas adoçadas com gás e formas de doces, que são de baixo valor nutricional. O Conselho considera que seria do interesse da saúde pública para todos, que práticas significativas devem ser tomadas para limitar o consumo de açúcar em qualquer forma que deixe de ser combinado com proporções significativas de outros alimentos de alta qualidade nutricional.” Desde então, o primeiro clamor público notável veio em 1998, 56 anos mais tarde, quando o (CSPI)- Centro de Ciência no Interesse Público, uma organização de defesa do consumidor com foco na conscientização e educação nutricional, publicou uma matéria chamada, “Candy Líquido” (Açúcar líquido: Como os refrigerantes estão prejudicando a saúde dos americanos), explicando como funcionam as campanhas predatórias de marketing da industria de refrigerantes, especialmente destinado a crianças e adolescentes.” Numa conferência de imprensa, O CSPI empilhou 868 latas de refrigerante para representar a quantidade média de refrigerante de soda, que o público jovem do sexo masculina consumiu durante o ano anterior. Para efeito de choque adicional, o CSPI exibiu mamadeiras trazendo como rótulos as logomarcas da Pepsi, Seven-up e Dr. Pepper, para dar destaque a um estudo que descobriu, que os pais têm quatro vezes mais chances de conseguir que seus filhos tomem as mamadeiras quando usam aqueles logotipos grudado nelas, do que quando não o fazem. A matéria “Candy Líquido” do CSPI, revelou também que apesar de num período de cinqüenta anos, a produção de refrigerantes aumentar nove vezes,  as outras organizações de saúde permaneceram em grande parte em silêncio. Por quê será??? Como poderia a comunidade médica, como cidadãos responsáveis preocupados com a política de saúde ficarem apáticos durante meio século? Considerando esta questão, vejo a comunidade médica como um cão de guarda velho e cansado, que sabe que está ignorando suas responsabilidades, mas está muito desgastado para fazer qualquer coisa sobre isso. E pensa… Mesmo que o problema da inércia fosse resolvido, o dinheiro e os esforços necessários para lançar uma campanha de interesse público a levantar-se contra a indústria de refrigerantes necessitaria da força de um Hércules. As implacavelmente ambiciosas e ricas empresas de refrigerantes com os seus próprios meios conseguem seduzir um número cada vez maior de consumidores, a maioria deles são jovens.
Ingredientes dos Refrigerantes  
HFCS
É a sigla para o xarope feito a base de milho que substitui o açúcar e dar a cor nos refrigerantes. Uma lista enorme de estudos provaram que o HFCS produz:
  1. Risco significativo de ganho de peso e obesidade
  2. Risco significativo de desenvolver diabetes tipo-2
  3. Hipertensão
  4. Elevados níveis de colesterol “ruin”
  5. Em longo prazo danos no Fígado
  6. Exposição ao mercúrio (A exposição ao mercúrio pode resultar em danos irreversíveis no cérebro e no sistema nervoso – especialmente nos jovens que estão em formação)
  7. O HFCS é rico em frutose. Em estudos feitos com animais expostos a alta dieta de frutose, esses animais desenvolveram problemas hepáticos semelhantes aos de alcoólatras.
Aspartame
Ou aspartamo é um aditivo alimentar utilizado para substituir o açúcar comum e foi criado em 1965 pela empresa americana G.D. Searle & Company. Ele tem maior poder de adoçar (cerca de 200 vezes mais doce que a sacarose). É o adoçante mais utilizado em bebidas. O aspartame é consumido por mais de 200 milhões de pessoas, em todo o mundo e está presente em mais de 6000 produtos. Uma análise feita através MEDLINE (Medical Literature Analysis and Retrieval System Online), um órgão que funciona como base de dados bibliográficos da Biblioteca Nacional de Medicina dos Estados Unidos da América, mostrou que 92% dos estudos não patrocinados pelas indústrias, relataram um ou mais problemas com o aspartame, em termos de seus efeitos na saúde. Estes estudos relataram uma gama de efeitos secundários incluindo:
1- Fibromialgia (dores musculares difusas, fadiga, distúrbios do sono, parestesias, edema subjetivo, distúrbios cognitivos)
2-Tumores cerebrais
3-Perda de memória
4-Linfoma (um tipo de câncer)
5-Leucemia (câncer no sangue)
6-Cancro no nervo periférico
7-Dores de cabeça (os sintomas da enxaqueca são um dos efeitos secundários mais comuns de aspartame.
Um artigo publicado em julho de 2007 da revista Science, uma das revistas mais importantes do mundo em sua área, apresentou 12 especialistas importantes em saúde, que apóiam a proibição de aspartame. A revista também revelou o conteúdo de uma carta do Comissário do FDA, Dr. Andrew Von Eschenbach, para o próprio FDA (Food and Drug Administration), solicitando que a aprovação do adoçante fosse revogada devido a provas de que ele causa câncer. A aprovação ainda não foi cancelada devido à influência de lobistas do setor sobre os políticos, e os conflitos em curso entre o capitalismo e o ambientalismo. O Doutor Andrew foi Comissário do Food and Drug Administration de 2006-2009, e presidente eleito da Sociedade Americana do Câncer.  A revista Time nomeou-o como um dos “Time 100, uma das pessoas que moldam nosso mundo”.
Cafeína
É um composto químico de fórmula C8H10N4O2, classificado como alcalóide do grupo das xantinas e designado quimicamente como 1,3,7-trimetilxantina. É usado em bebidas na forma de infusão, como estimulante. A cafeína estimula a glândula adrenal sem fornecer alimento. Em grandes quantidades, a cafeína pode levar à exaustão adrenal, especialmente em crianças. A ingestão excessiva pode provocar, em algumas pessoas, efeitos negativos como irritabilidade, ansiedade, dor de cabeça e insônia. Os portadores de arritmia cardíaca devem evitar até mesmo dosagens moderadas, ainda que eventuais, da substância. Altas doses de cafeína excitam demasiadamente o sistema nervoso central, inclusive os reflexos medulares, podendo ser letal. Estudos demonstraram que a dose letal para o homem é, em média, de 10 gramas.
Ácido Fosfórico
Agora que os refrigerantes são vendidos em quase todas as escolas públicas e privadas, os dentistas estão observando uma condição em adolescentes que costumavam ser encontrados apenas em idosos, uma completa perda de esmalte nos dentes, resultando em dentes amarelos. O culpado é o ácido fosfórico em refrigerantes, o que provoca podridão dentária, bem como problemas digestivos e perda óssea. Dentistas estão relatando a perda completa do esmalte nos dentes da frente em meninos adolescentes e meninas que habitualmente bebem refrigerantes. Normalmente a saliva é ligeiramente alcalina, com um pH de cerca de 7,4. Quando refrigerantes são ingeridos ao longo do dia, como é frequentemente o caso com os adolescentes, o ácido fosfórico reduz o pH da saliva para níveis de acidez. A fim de amortecer este saliva ácida, e trazer o nível de pH acima de 7, novamente, o corpo puxa os iões de cálcio a partir dos dentes. O resultado é uma deteriorização  muito rápido da camada de esmalte sobre os dentes. Recentemente, o Instituto Nacional de Saúde realizou uma conferência sobre a cárie dentária em todo o mundo. Os palestrantes discutiram muitas possíveis causas e soluções, mas não mencionou um dos efeitos conhecidos do ácido fosfórico em refrigerantes!
Monosodium Glutamate (MSG)
É uma neurotoxina.  A Neurotoxina é o termo usado em Bacteriologia, para designar as toxinas que, em razão de seu grande potencial agressivo nos seres vivos, mesmo quando em pequenas concentrações, são capazes de lesar o sistema nervoso, podendo ainda agir sobre outras partes do organismo. O ácido cítrico frequentemente contém traços de MSG. Sabores artificiais também podem conter vestígios de MSG.
Fonte: newsytype.com
Center for Science in the Public Interest – CSPI
Weston A. Price Foundation

O fato é que os cigarros também não faziam mal algum… Nem os agrotóxicos nas frutas e verduras… Nem os hormônios na carne… Nem os remédios…
…Pobre cultura humana…

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