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“Contra Um Mundo Melhor”, de Luiz Felipe Pondé


Em “Contra um Mundo Melhor”, lançado pela editora LeYa Brasil, Luiz Felipe Pondé publica ensaios sobre a filosofia do cotidiano. Os ensaios reúnem temas variados como a relação entre homens e mulheres; memórias da infância; fracasso; dinheiro; egoísmo e humildade. Fiel ao seu estilo contundente, o autor recusa lugares-comuns e uma postura conformista, procurando provocar o leitor para tirá-lo da apatia.
Filósofo e professor universitário, Pondé utiliza uma linguagem coloquial, entre o discurso acadêmico e o jornalístico, que tira as discussões filosóficas do ambiente restrito das salas de aula. Colunista do jornal Folha de S. Paulo, desde 2008, Luiz Felipe Pondé busca ampliar o diálogo que mantém com os leitores em sua coluna.
Para muitos, Pondé revitalizou o colunismo através de seu estilo polêmico e provocativo. Não por acaso, no ensaio inicial de Contra um mundo melhor o autor cita algumas vezes outro colunista controvertido, Nelson Rodrigues, a quem oferece o livro. “Hoje, faltam homens como ele: homens que não têm medo. Assim como ele, não acredito num mundo melhor e direi isso de várias formas diferentes até morrer”, diz Pondé.
Os ensaios possuem tamanhos variados, alguns mais curtos que outros, mas todos breves, de modo a facilitar a leitura e adaptá-la a um cotidiano apressado. O autor explica a opção pelos fragmentos afirmando que “a descontinuidade descreve melhor uma filosofia do afeto, que se move a sobressaltos, e também porque o cotidiano é descontínuo”. Reafirma seu ceticismo com frequência, o que o faz recusar a busca insistente por um mundo melhor, que para Pondé, é uma impossibilidade e também um falso objetivo.
Nos ensaios, ele denuncia o que chama de “marketing do comportamento”: discursos e posturas hipócritas com toques de sofisticação, que buscam mascarar a angústia e o sofrimento do mundo – o que, para o filósofo, constitui a essência do humano. “Porque o que nos humaniza é o fracasso”, diz. Pondé ainda explica por que decidiu escrever para não filósofos e por que não acredita em um mundo melhor:
“Cansei da filosofia, por isso comecei a escrever para não filósofos, porque a universidade, antes um lugar de gente inteligente, se transformou num projeto contra o pensamento. Todos são preocupados em construir um mundo melhor e suas carreiras profissionais. E como quase todas são pessoas feias, fracas e pobres, sem ideias e sem espírito inquieto, nada nelas brota de grandioso, corajoso ou humilde. Eu não acredito num mundo melhor. E não faço filosofia para melhorar o mundo. Não confio em quem quer melhorar o mundo. É isso mesmo: acho um mundo de virtuosos (principalmente esses virtuosos modernos que acreditam em si mesmos) um inferno”.
Ficha técnica do livro:
Título: Contra um mundo melhor: ensaios do afeto;
Autor: Luiz Felipe Ponde é colunista do jornal, A Folha de São Paulo;
Editora: LeYa Brasil;
Formato: 16×23, em brochura;
Páginas: 218;
Preço: R$ 39,90;
Não é novidade alguma para as pessoas que me conhecem que a bíblia é de longe o meu livro favorito, e em ultima análise, minha única fonte do que entendo como verdadeiro conhecimento. Mas no entanto eu vibro, fico até eufórico, quando encontro no mundo secular, homens que dispondo apenas de suas mentes como fonte de recurso, chegam a conclusões idênticas com algumas das afirmações feitas pela bíblia, um livro escrito a milhares de anos. Assim é esse livro de Luiz Felipe Pondé. Nele você verá um homem considerado lúcido pela sociedade, chegar a mesma conclusão da palavra de Deus, que o ser humano “não é flor que se cheire”. O livro traz questionamentos inteligentes e desafiadores. Os cristãos devem relevar certas conclusões do autor por não tratar-se de um livro de cunho religioso. Mas assim mesmo vale a pena conferir!

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